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Sangue Dourado

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De um lado da longa, desnecessariamente longa, mesa de jantar, sentaram-se a nobre família e seus convidados. 

O cômodo estava muito bem iluminado. Nas paredes, por uma série de tochas, e sobre a mesa, por um par de belos candelabros metálicos com dezoito velas em cada um.

Era possível ver os rostos curiosos e prepotentes de todos os nobres ali presentes. De todos, contudo, apenas um esboçava um sorriso. 

O jovem príncipe Drugo, que recém atingiu a maioridade, observava entrar, por último e afastada dos demais, sua gêmea, Andira, que sempre andava com o rosto coberto por um decorado véu, que deixava à vista apenas seus olhos.

Um elegante vestido preto parecia absorver toda a luz do cômodo, deixando apenas a mulher que o usava em destaque.

Seu cabelo, preso para cima, fazia-a parecer mais alta. Mais nobre. Mais imponente, como deveria ser uma pretendente a imperatriz de Volcor.

Somente Drugo era capaz de notar os tremores nervosos e a sutil gota de suor que escorria pelo canto do rosto de sua gêmea. 

Ele próprio mal havia começado a participar das importantes reuniões orquestradas pelos seus pais. Logo, estava preocupado com sua irmã, que então fazia sua estreia. 

Silenciosa e com requintes de mistério, ela sentou-se na extremidade oposta da mesa, e sinalizou para um dos serventes remover seu véu. 

Todos os olhares da mesa se voltaram para ela, mais uma vez.

Claro, os convidados já haviam sido avisados deste comportamento inusitado, o qual muitos julgariam até mesmo inadequado por parte da princesa. 

Afinal, sentar-se longe dos convidados mostrava distância, quase uma descortesia. 

Contudo, para esses descendentes de Andor, o Dourado, essa era a norma. 

Por gerações, o império manteve-se em crescente domínio das terras de Volcor.

Nascidos de uma faísca ainda incerta e perseverante, sobre as cinzas de um antigo campo de batalha, uma passageira e delicada faísca deu origem a aqueles que davam início a essa reunião. 

“Senhoras e senhores, sejam bem-vindos ao nosso jantar.” De seu lado da longa mesa, 

anunciou Andira, sinalizando para os serviçais servirem os convidados. 

Uma mesa farta foi, então, posta. Nem mesmo a alta corte de Dracai poderia sequer sonhar em saborear as iguarias que chegavam somente às cozinhas da linhagem direta do Imperador. 

“Nosso domínio cai em desunião. Nossa mãe está doente. Algo há de ser feito.”

Pronunciou Drugo, dando início às discussões que acompanhariam o jantar. 

“Faremos tudo o que estiver em nosso poder para assistir à saúde dela.” Um dos Dracai aliados respondeu. “Devemos muito à Imperatriz Consorte, a Senhora da Guerra Yelena.”

“Ah, sim.” Drugo respondeu enquanto agitava um copo de bebida. “Foi o exército liderado por ela que libertou as terras que vocês atualmente governam, não é?”

“Precisamente, meu Príncipe.” O mais velho entre os Dracai, Ishtar, respondeu. 

“Ishtar, devo presumir que você já informou todos os seus colegas a respeito do jogo de luz e sombras, não é?” Direcionando-se ao mais velho, Drugo indagou a ele. 

“Sim, Vossa Alteza Imperial.” O velho, certeiro, o respondeu. 

Seguidamente, foram trocadas exigências e segredos em abundância. Segredos que morreriam com as paredes daquela sala de jantar. 

Em seguida, foram trocados presentes e honrarias, como seria de praxe em qualquer encontro dos Dracai da corte com aqueles descendentes diretos do atual Imperador. 

Andira observava a reunião, e Drugo observava Andira. Seus convidados eram poderosos, mas aceitaram subjugar-se à liderança do príncipe.

Quaisquer Dracai talentosos o bastante para sentir as variações na chama do Aether eram capazes de sentir o início de uma reviravolta. Apesar das inúmeras tentativas de escondê-lo, alguns poderosos clãs que aliam-se ao Imperador notavam um decréscimo em sua conexão com o fogo. 

Drugo e Andira são gêmeos nascidos no campo de batalha, durante um confronto vital para a nomeação do Imperador anterior, avô paterno dos dois jovens nobres. 

Seguidamente à morte do avô, o pai dos gêmeos foi nomeado Imperador de Volcor, embora o restante da nobreza não considere que ele tem o mesmo gênio e aptidão de seu predecessor.

Dessa inaptidão nasceram os atuais conflitos que assolam as terras distantes de Volcor, e a resistência ao Império cresce. 

Devido à sua origem, e à grande fé nos talentos da Imperatriz Consorte, os gêmeos são a grande promessa de um futuro grandioso para Volcor. 

Ao final da reunião, conforme combinado, Drugo fez uma demonstração de seu poder, e extinguiu todas as velas do salão. 

Elas rapidamente se reacenderam, mas, dessa vez, com chamas da cor azul. 

Sua luz era mais forte, e brilhava em cantos das almas de todos os presentes que nem mesmo eles próprios sabiam que existia.

Como mariposas, o fogo azul os atraía para si. 

“Como são belas as chamas azuis.” Comentou Ishtar.

“E assim será, mesmo após a guerra. Mesmo após a morte. Essa é a natureza do

fogo-fátuo.” Afirmou Drugo, encerrando a reunião. 

Os convidados se retiraram educadamente, escoltados por Andira, que vestiu novamente seu véu após o jantar. 

Ao fechar a porta de sua habitação, no círculo interno do palácio da corte real, Andira suspirou. Com esse suspiro, Drugo também pôde relaxar. 

“Eu não consigo entender, meu irmão. Não entendi uma palavra do que vocês disseram à mesa.” Andira questionou, curiosa. 

“Para alguém que ainda não sabe de nada, você exerceu um excelente papel na reunião de hoje. Talvez até melhor do que a nossa mãe.” Ele comentou. “Parabéns por suportar o dia de hoje sem perder o controle das suas chamas.” 

“Deixe de lisonjas, meu irmão!” Impaciente, Andira andava em direção aos seus aposentos, e seu irmão corria para acompanhá-la. 

Ela, então, abriu a janela de seu quarto e apontou para a vista.

“Este é o nosso domínio, as terras de Volcor. O vulcão leva luz e calor para todos. Não deveria ser esse o propósito da nossa nobreza de sangue dourado?”

“Andira, minha irmã.” Drugo assumiu uma postura séria, uniu as mãos nas costas e andou pelo cômodo, caçando as palavras que diria. “Para cada luz incidida sobre o mundo, existirá uma sombra de igual tamanho.”

Drugo segurou firme um dos lampiões que iluminavam o quarto, mostrando a sombra de si próprio projetada na parede. 

Ele, claro, via a sombra de Andira na parede oposta. 

A irmã ouviu atentamente.

“Se nós não dominarmos a luz e a sombra, deixaremos ao caos decidir se a luz perdurará ou se será engolida pelas sombras. Por isso, nascemos em dois.” 

“Eu entendo, e continuarei levando a nossa luz para as terras assoladas pelas guerras de Volcor.” Andira afirmou.

“Um dia, talvez a sua gentileza transcenda até mesmo as fronteiras do nosso domínio, minha irmã. Um dia, talvez você acabe com todas as guerras.” Ele refletiu. “Agora vá, vá conversar com a nossa mãe. Ela tem muito o que dizer a você.”

“Sim, meu irmão.” Andira abaixou a cabeça, sorrindo levemente. 

Drugo deixou o quarto primeiro, seguido da irmã, e ambos seguiram em direções opostas no longo corredor. 

Em meio às muitas portas com muitos parentes distantes de Andira, uma única porta, sempre fechada, chamava sua atenção. 

Os aposentos da Imperatriz Consorte. 

“Mãe?” Andira bateu à porta.

“Entre, minha filha.” Uma voz frígida e vacilante respondeu. 

E, assim, Andira adentrou os aposentos de Yelena. 

E, tão logo quanto, a história se iniciava. 

Antes da nomeação de Scald, avô paterno de Andira, como Imperador de Volcor, o poder das terras vulcânicas encontrava-se nas mãos de muitos, que não sabiam o que fazer com ele. 

Ele era um homem ambicioso, e descendia da família Imperial, mas fora profundamente esquecido na linhagem sucessiva. 

Ao longo de árduos anos de guerra, suas habilidades se tornaram progressivamente mais notáveis. Sua conexão com o Aether somente cresceu com o avançar da idade. 

Dizem que suas chamas brilhavam como o olhar dourado de um dragão feroz. 

Dizem, também, que suas habilidades como guerreiro se equiparavam a um exército de cem Dracai. Sua luta, contudo, era contra os rebeldes Volcai.  

Ao provar tremendo valor em combate e liderança, Scald recebeu a bênção para casar-se com a primeira filha do Imperador, Mithra. 

Juntos, eles tiveram um filho, Andor, sucessor do trono. 

Contudo, o Imperador ainda ansiava por um herdeiro direto, filho dele, e não de sua filha. 

Assim, Mithra compôs um plano sanguinolento e cruel, e, juntos, eles conspiraram contra o Imperador. 

Os rumores borbulhavam na corte, e os segredos e injustiças do imperador vieram à tona dia após dia. 

Em nome de seu marido, Mithra degolou o próprio pai, e o jovem príncipe Andor foi coroado Imperador.

Claro, quem tomava as decisões e liderava os exércitos eram seus pais, Scald e Mithra. Contudo, a visão de um imperador jovem e cheio de promessas era algo que agradou a vasta maioria dos Dracai.

E isso deu-lhes força. 

Não demorou para o menino tornar-se homem, e passar a governar sem ajuda.

Porém, sua ascensão completa deu aos Volcai uma oportunidade. 

Dada a inexperiência do novo líder Dracai, os rebeldes pensaram que conseguiriam surpreendê-lo. 

Assim, começou uma guerra que duraria anos, e cujo resultado implicaria em mais de uma década de paz, independentemente do lado vencedor. 

“Foi nesta guerra em que conheci seu pai.” Comentou Yelena, interrompendo a própria história. 

“Andor era lindo no campo de batalha. Tão glorioso quanto Scald, e ainda com muitos anos de talento por vir.” Ela continuou. “Eu fiz o meu melhor nela, também. Somente o Imperador fora capaz de me fazer ajoelhar em combate.” Desviando o olhar para longe de Andira, ela hesitou.

“O Imperador… E também a líder dos Volcai. Ela era formidável.” 

“Quando Scald descobriu que haviam me levado como prisioneira, e que eu estava gestando a prole de Andor, vocês dois… Ele não poupou esforços para destruir quem quer que ficasse no caminho entre ele e seus netos.” 

“É dito que suas chamas reluziam como o ouro e, enquanto combatia, eram mais brilhantes que o próprio Sol.” Voltando à história, Yelena se acalmou. 

Scald confrontou os líderes Volcai, e eu tive a honra de assistir a essa batalha. 

A idade estava começando a pesar em seus punhos e pés, mas seu talento com o Aether atingiu um novo ápice. 

Quando colocado de frente ao frio da morte, ele usou da energia de todos os que morreram em batalha para esquentar um último fogo, um fogo azul. 

“Assim nasceu o fogo-fátuo. E, poucos minutos depois do fim dessa guerra, nasceram vocês: A nossa esperança de um futuro de paz eterna.” Yelena, então, colocou a mão sobre a cabeça de Andira, que havia se sentado na beira da cama. 

“Andira e Drugo. Nobres de Sangue Azul, os herdeiros do Fogo-Fátuo. Nobres de Sangue Dourado, os Dracai, descendentes diretos do Imperador. Nobres de Sangue Vermelho, nascidos entre mortos e feridos, desafiando a própria Morte.” 

“Se Andor não tivesse perdido o pai em meio àquela batalha… Quem sabe as glórias que ele já teria conquistado hoje?”

Agora, Andira sabia por completo de sua história pregressa. 

E, com este saber, ela poderia escolher o caminho que traçaria. 

Sem mais perguntas, uma nova e resoluta Andira saiu do quarto de Yelena. 

Ela sabia que, um dia, em um futuro próximo, algo teria que mudar. 

© 2025 Salão de Bronze

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Sangue Azul2


Uma pequena e frágil criança corria em meio aos corredores da fortaleza imperial de Volcor. 

O piso de madeira mal rangia aos seus pés, de tão diminuta a forma da nobre garota.

Uma criatura de orelhas baixas, membros pequenos, que respirava ofegante em sua ávida fuga. Uma menina.

Uma menina seguida por um menino, esse sim repleto de compostura e grandeza no ar que o envolvia. 

O menino era seu irmão gêmeo, maior e mais forte, que corria atrás dela, atrasando seus próprios passos para nunca alcançar aquele pequeno ser.

Esses eram os pequenos nobres, Andira e Drugo, filhos do Imperador Andor. 

O terror dos empregados, dado o quanto aprontavam. 

O terror dos mestres do Aether, devido à discrepância em seus talentos.

Contudo, eram também a encarnação do amor puro e caloroso de Andor, o qual já havia sido um grande guerreiro, e agora voltava seus esforços para a paz e para o bem-estar dos seus pares. 

Ambos aprenderam muito bem com seu avô, ao ponto de nunca terem brigado um com o outro em toda a duração de suas vidas.

As crianças se divertiam, ainda correndo, desajeitados, pelos corredores à luz de tochas.

Quando passavam por uma mulher de vestidos compridos, sempre tentavam passar por baixo de suas pernas. 

“Ei!” Elas gritavam, desprezando a desordem juvenil. 

Às vezes, Andira, aproveitando que era menor, se escondia sob as vestes longas e despistava seu familiar perseguidor. 

Drugo, por sua vez, aproveitava que este era um dos poucos momentos em que sua querida irmã não se encontrava acamada, devido à sua fragilidade natural, para se divertir e divertí-la. 

Sem escrúpulos, como são as crianças, era cotidiano que os dois invadissem salas de reunião importantes, encontros secretos de seus pais, e se desventurassem nas terras próximas ao grande vulcão, sem horário para retornar ao lar. 

“Sempre que um de nós, seus servos, vai caçá-los ao anoitecer, a Princesa sempre aparece nos braços de seu irmão.” Uma empregada reclamava, cautelosa de suas palavras, diretamente a Yelena, mãe dos gêmeos e Senhora da Guerra de Volcor. 

 “Ah, o jovem Príncipe… Quem dera ele tivesse olhos para alguém além de sua protegida irmã.” Uma das serviçais mais jovens, filha de uma longa linhagem de servidores do Império, sussurrou para outra, ainda dentro dos aposentos de sua senhora. 

“Shhh!” A outra serva, mais experiente, calou-a, antes que seus comentários sugerissem qualquer tipo de conspiração. 

“Drugo, senhoritas…” Proferiu Yelena. “Será um esplêndido Imperador. Garanto que escolherá muito bem sua esposa. Se lhes convoquei apenas para ouvir suas preocupações, podem regressar ao trabalho.” 

“Sim, minha senhora.” Elas responderam, em união. 

Não antes de elas saírem, contudo, as brincalhonas crianças invadiram o quarto, saltando para a cama de sua mãe, onde a própria se encontrava repousando. 

Recebidos por ela sempre com muito calor, seja do tipo afetivo ou do tipo disciplinar, os pequenos foram progressivamente se acalmando. 

Andira, contudo, começou a ofegar. 

Yelena já havia avisado para Drugo não estimular sua irmã a correr, devido ao seu coração frágil.

Em seguida, uma intensa dor no peito afligiu a jovem princesa. 

Geralmente, essas dores eram passageiras, de rápida resolução. Contudo, quanto mais durava, mais Yelena e Drugo se preocuparam.

O príncipe correu para encontrar quaisquer curandeiros ou sábios capazes de auxiliar Andira.

As pálpebras nos olhos de Andira começaram a bater rapidamente. 

Ela era capaz de enxergar o rosto de sua mãe somente entre uma piscada e outra. 

A expressão da nobre mulher lentamente tornava-se de preocupação, e evoluiu para desespero antes de Andira perder o controle sobre seus olhos.

Seu corpo começou a tremer.

E, neste momento, ela já não sentia mais nada.

Ela nem mesmo se lembraria.

Todos que passaram pela porta entreaberta do quarto se preocuparam e adentraram o cômodo.

Graças a isso, eles puderam ver.

Andira convulsionava, e chamas azuis surgiram desordenadamente ao seu redor.

Chamas azuis, iguais às do talento único e poderoso que seu irmão possui. 

Todos que viram, tão logo quanto viram, acreditaram: Não era belo, mas era real. 

O fogo azul da lenda, o Fogo-Fátuo, brandido apenas uma única vez no ímpeto da morte pelo pai do atual Imperador… 

Ele existe. E ele habita em Andira tanto quanto habita o talentoso Drugo. 

Essas chamas deixariam cicatrizes permanentes em Yelena, que agarrava Andira numa tentativa de controlar suas convulsões. 

Assim que Drugo retornou, acompanhado do sábio apotecário que cuidou de Andira por toda a sua vida, eles também puderam ver.

Nem mesmo Drugo era capaz de liberar tantas chamas azuis de uma única vez.

O próprio Imperador foi chamado para testemunhar.

E, pela segunda vez na vida, ele derramou silenciosas lágrimas de orgulho, que evaporaram antes de ser vistas ou alcançar o chão.

 Os curiosos logo saíram do cômodo, pois não aguentavam mais o calor ali gerado. 

No fim, sobraram apenas Andira e seus parentes diretos.

O fogo apagou, mas não sem antes deixar sua marca, tanto em Andira quanto em seus protetores. 

A partir de então, Andira usaria um véu para cobrí-la, e também para proteger seus frágeis pulmões de quaisquer agentes externos, inclusive das cinzas do próprio coração de Volcor. 

Também usaria seu cabelo comprido, de modo a esconder a sutil deformidade em suas orelhas. Nenhum sinal de fragilidade poderia ser visto numa herdeira do futuro de Volcor.

A princesa também deveria ser poupada de quaisquer situações que pudessem desencadear suas crises. Isso, contudo, não significa que elas deixariam de acontecer.

Toda essa defesa tornou-se matéria-prima para uma princesa de coração puro, generosa, e que ansiava, mais do que qualquer outra coisa, por explorar o mundo além do alcance de seu cárcere protetor.

Muitos sábios tentariam curá-la, sem êxito. 

Contudo, esse episódio jamais seria esquecido.

Andira, A Princesa Frágil, agora era também herdeira do fogo-fátuo, e seria treinada como tal, para brandí-lo em nome de Volcor. 

Contudo, seu talento latente somente aflorava em situações como essa.

E este episódio foi apenas o começo de uma longa, longuíssima história, que perduraria até os dias atuais. 

Uma história de sangue imperial, e uma história das extintas chamas azuis. 

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