Andira nasceu primogênita de Andor, Imperador de Volcor. Ainda jovem, descobriu-se que ela tinha o mesmo talento mágico oculto de seu irmão-gêmeo, mas seu poder se manifestava apenas quando seu próprio corpo doente lhe causava imenso sofrimento.

Muitos tentaram curá-la, e mais ainda tentaram trazer à tona seu poder latente. Contudo, sua saúde frágil tornava impossível a já difícil tarefa de torná-la uma poderosa Dracai. Sendo assim, a gentil princesa viveu protegida pelos muros do palácio imperial até a maioridade.

Um dia, um apotecário foi trazido para dentro das paredes do palácio, alegando que enfim curaria a fraqueza de Andira. Ela, então, foi ordenada a acompanhá-lo até seu laboratório, apesar de sua forte relutância. Esta seria a última vez que ela fora vista em Volcor.

Andira acreditava que deveria continuar sacrificando a própria saúde pelo bem do povo de sua nação. Contudo, seu sacrifício seria ainda maior do que todos imaginavam.

Por gerações, toda a sua existência foi modificada além do limite da compreensão humana. As barras de sua nova prisão em forma de corpo foram fabricadas de um metal sombrio, infundido na própria alma de Andira, e nutridas com a força vital de inúmeras criaturas.

Um dia, Andira já não mais via, nem ouvia e, por fim, nem mesmo tinha pele para sentir dor. Com o passar das décadas, ela se tornou ignorante aos eventos que definiram as últimas eras. Eventualmente, seus próprios captores não entendiam mais o que ela tentava dizer.

Eles possuíam somente a missão de sacrificar quantas criaturas pudessem, para mantê-la viva, mas não mais viva do que na fronteira entre vida e morte.

Agora, Andira está liberta, e busca seus sacrifícios no campo de batalha para sobreviver.